Até quando...

O tempo segue paralisado

Sentado, observa o papel

Sobre a mesa, intacto; mel

Adoça o chá, sorve calado

Poesia não adentra à janela

Não há versos ou aquarela

O vento frio faz companhia

Zombando das horas do dia

E o tempo sem ânimo, olha...

Nada vê; são tristes escolhas

Uma inspiração não é tecida

Noites e manhãs esquecidas.