Há de algum humano numa noite de insônia
Há de algum humano
Numa noite de insônia
Gostar de pelo menos um verso meu
Se não houver nenhum humano
Há de algum deus na sua complacência
Algum anjo que transborde em bondade
Se nem humanos nem deuses nem anjos
Virem beleza nos meus tontos versos
Há de no universo inteiro entre milhões de borboletas
Há de uma entre essas milhares gostar de um verso
Quando pousar nalguma flor ou antes de voar pela primeira vez
Se nesse mundo uma só borboleta gostar de um dos meus versos
Teria eu compreendido a inspiração para escrevê-los
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 17 de julho de 2023.