ESPERA

Tenebroso inverno me assola

Vivo a mais terrível poda.

Congelada a esperança

Numa gota de orvalho

Entre o muro e a hera – espera...

Sonhando espero o Sol de primavera.

Já me cantei madeira de lei

Tenho as minhas raízes fortes.

De novo penso em Cecília Meireles:

“Deixar-me cortar e voltar sempre inteira.”

Em ebulição a transformação.

O caos me agita mente e coração.

E o que prevalece e me fortalece

É um imenso sentimento de gratidão

Preciosa é a vida no cuidado

Confirmo o milagre diário

Da rede de “com paixão”

Que nos faz verdadeiramente humanos!

V.Velha 12/07/2007

Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 05/01/2008
Reeditado em 01/08/2010
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