Dores e Esperança
"Em sombras profundas, onde o coração sangra
Onde Midas vê sua sina e não poupa a língua franca
A melancolia dança em versos de pesar
Num poema que anseia, a dor vem se encontrar
Sou o Midas avesso, toco, e tudo desfaz
No eco do meu fracasso, a alma se desfaz em paz
Em exclamações de dor e lágrimas sem fim
No oceano de pássaros, o voo é sempre ruim
A desgraça é minha sina, meu fado traçado
Nas folhas que caem, meu ser é deixado
Mas na revolta, ergo-me, um exército solitário
Nas palavras que ecoam, sou o eterno otário
A solidão é meu mestre, o coração é meu guia
No meio da escuridão, minha alma se inicia
Talvez nas falhas encontre a força oculta
No final do verão, minha tristeza se tumultua
Entre vírgulas perdidas, busco uma pausa serena
No silêncio das reticências, minha voz ecoa plena
Na busca pelo entendimento, na respiração profunda
O ponto final se anuncia, e a jornada se inunda
Assim como Midas, encontro paz no fim
Nas lágrimas que caem, um novo começo se inicia enfim
Entre a dor e a esperança, no caos e na calma
Neste poema, a alma encontra sua própria alma