Onipotente
Vejo-te na singeleza das coisas, em derredor
Em olhares almos, inclinados à meditação
Vejo-te na paz dos sorrisos calmos
E nas nuances infinitas da criação
Vejo-te no azul-celeste, alcova dos anjos
Nos vergéis cativantes e seus arranjos
Vejo-te na delicadeza do orvalho que percorre a flor
Na beleza singular de cada estação
Vejo-te na superação do medo
E no afago remediável da dor
Vejo-te na esperança persistente
Centelha etérea do amor
Vejo-te ao nascer do sol e no ocaso mais bonito
E no alto, constelação cintilante
Vejo-te, graciosamente, dádiva dos meus olhos
Na contemplação, silente, do infinito