Casa dos meus tios

Há dias de dor, da alma e do corpo

Dor do outro que parece doer aqui

É falta que faz na mesa, outro copo

Na casa silenciosa, retrato no rack

Há dias que o corpo luta para viver

É por aqueles que ama, quer voltar

Há dias que alma chora sem saber

Quando o ser amado vai retornar

As notícias chegam de algum lugar

Lá, a imensidão branca das paredes

É lugar frio, saudade faz machucar

Mais uma noite, lágrimas e preces

Que o dia traga esperança tão boa

Bata na porta, não vá mais embora

O riso volte na felicidade que ecoa

Pois lá, amor nasceu e ainda mora.

*Descanse em paz, tia querida ❤️🙏

21/03/2024