APEGO

Não era sobre amor, mas sobre apego.

Estava atada ao que me dava chão, me fazia sentir segura...

Não queria à deriva da própria sorte, sorte que eu mesma me propiciei. Queria o apego a algo que me fizesse sentir amparada nesse mundo.

Assim, ignorei quem eu era verdadeiramente, camuflei minhas verdades, minha missão e os segredos indizíveis de minh'alma...

Queria paz, porto seguro, e não o mar revolto que trazia em mim...

Por isso, fugi das minhas tempestades, joguei a âncora... Aferrei onde sentia confiança.

Mas, a vida cobra dobrado dos covardes, e como Jonas fui lançada novamente ao meu próprio mar feroz.

Ali, precisei enfrentar os seres que nele habitavam, feras que por toda a vida nutri...

E foi assim, quase morrendo, que renasci...

E, convivendo com meus monstros, vi que eles não eram tão mortais assim, aprendi a nadar em meio ao temporal e a sobreviver ao pior mal... o mal que habita em mim.

Sabrina de Almeida
Enviado por Sabrina de Almeida em 08/03/2024
Reeditado em 09/03/2024
Código do texto: T8015541
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.