Canto Da Primavera
Cheiro de terra molhada
Chuva em tempos de seca,
A esperança bate as asas tão perto
Colore o abismo da alma,
Pairada grácil como ávida borboleta
Dançam pétalas nas constelações do céu
Flores figuram na imensidão do azul
O absurdo de ser, embebeda o sentir,
Assim renascemos de fogo e cinzas
Estrelas girando no caos cintilante da criação
Escute, esse tempo apressado a golpear feito ventania que desassossega
Ele avisa que o presente já é momento do passado e anseio do futuro,
Que volta ao fim num rodear completo como no começo.
Essa é a névoa e magia que tece a fluidez cíclica da existência.
Paira, dança, gira
Permeada de água, folhas e partículas do firmamento,
Entrelaço poemas, onírica realidade, o infinito contra o peito.