O FUTURO SERÁ BOM
Essa letra denuncia
A fúria que me encontro
Nesse exato momento.
Isso é para ser registrado
Como forma de protesto
Por eu pagar um alto
Preço por quase tudo
Nessa merda de mundo
E ainda dizem que não presto.
Isso é um grande protesto
Como forma de dizer, que apesar de tudo,
Ainda acho que presto...
Mesmo que o mundo caia por sobre mim
Ainda assim se ouvirão faltar de mim
Por alguns séculos vindouros.
Antes que aconteça
É melhor cortar a cabeça
Mas isso esqueça,
Estou dando tempo ao tempo,
Depois da tempestade
Vem um desgraçado vento
Que balança todas as estruturas
Que me deixam com falta de formosura
Apenas com uma vontade louca de morrer
E deixar apenas rastros e alguns dias felizes,
Mas a infelicidade tomou conta dessa cidade
E o vento balançou o meu coração
E a alegria da poesia
Em uma bela canção
Desapareceu como uma faísca de raio no chão
Patinando tudo
Em qualquer direção
Que não se sabe
Mais nada além de
Uma bela sujidade-chorão
Que marcou esse belo
Dia de pouca emoção!
Araguaína – TO, 2006.
Aires José Pereira é professor do curso de Geografia e do Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Rondonópolis, é coautor do Hino Oficial de Rondonópolis, possui vários livros e artigos publicados. É membro efetivo da Academia Rondonopolitana de Letras e da Academia de Araguaína e Norte Tocantinense.