Travessia

No rio em que aprendi a nadar

Certo dia tive coragem de entrar

A correnteza me levou metros abaixo

Para alcançar a outra margem

Numa travessia irresponsável para uns

E, para outros, um feito

Cabelos molhados tapavam os olhos

A água gelada escondia qualquer suor

A respiração ofegante deixava nascer a alegria

E o esforço de um menino aventureiro

Que queria conhecer o novo

E vibrava a cada braçada se fazia esperança

É possível vencer rios e correntezas

Quando o objetivo está lá do outro lado da margem

Atravessar desde as linhas das mãos

Até onde o desejo pode alcançar

Como beijo de mar e céu

Que se encontram no horizonte

Luciano Villalba Neto
Enviado por Luciano Villalba Neto em 30/01/2024
Código do texto: T7988606
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