Teias

Uma teia na telha... Oculta a abelha...

Que serpenteia... Que passeia...

Feita de fios brilhantes,

A capturar insetos divagantes...

Essa mesma teia me lembra outras teias,

Como a teia dos porões...

Que ateia abandono por ser teia...

Que receia a vaga luz da lua cheia...

Sendo tão diferente das teias dos humanos,

Que são de outro tecido, parecido com ouro,

Aquele mesmo sentimento vindouro...

Que pisa sem ressentimento,

Macula cidades, prédios e apartamentos...

Não se sabe sua origem banal...

Mas é de praxe, quase fundamental,

Relatar seu abusivo efeito colateral...

Falsidade, hipocrisia e desrespeito...

Palavras doloridas em meu peito...

Teias cotidianas e levianas,

Nas vias urbanas das savanas humanas...

Enfim, a divagante abelha passa despercebida...

Nessa poesia, com seu zunido cativante,

Ribombando esperança e nostalgia,

Vago desejo quente e refrescante,

Desejo em forma de pedido,

O de passar pelas teias da vida...

Despercebido!

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 30/12/2007
Código do texto: T797023
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