Sinfonia Efêmera
Na penumbra dos dias, sol veio cedo,
Olhinhos vermelhos, soluço, segredo.
Lágrimas, qual pérolas do desatino,
Num rosto tingido, rubro destino.
Empatia dança, na triste sinfonia,
Choro, o soluço da alma vazia.
Em desatino, afogo-me na tormenta,
Mas na lira da esperança, a nota se inventa.
"Não tão triste a vida", ecoa no vento,
Filosofia do equilíbrio, lamento.
Promessas de auroras, destino tessitura,
Sombras cedem ao céu da serenidade futura.
Choro, sanado como bálsamo esperado,
Tormentas são intrusas, breve passado.
Dualidade do coração, júbilo e dor,
Lágrimas de alegria, flor no campo em flor.
Efêmera vida, não te prendas à sombra,
Cada instante, como pássaro, se assombra.
Viver, dançar ao compasso presente,
Amanhã radiante, promessa reluzente.