Sobrevivente
Quando chego a tua porta
E teu olhar me recebes
Doce sorriso de olhos
Mãos suaves que tocam as minhas
Braços que envolvem meu corpo
Perfumes que sinto de ti
Igual a nenhum outro senti
Teus cabelos tão brilhantes
Do banho que a lua deu
Teu batom a colorir
A boca que me sorri
Tua voz a sussurrar
Palavras soltas ao vento
E teu corpo de boas carnes
Nas ancas e nos quadris
Teu vestido a balançar
A tarde te coloriu
E mais alta tu estás
Dos tamancos não descalças
Nem quando as ondas te lambem os pés
Nem quando as nuvens te fazem chuva
Tu és Cassia
És acácia
Dos desertos
Supérstite