Velhos guardados
Escutei palavras soltas,
Refutei aplausos escassos
Contemplei sorrisos marinhos,
Desliguei abismos largados.
Compraram fichas vendidas,
Encontraram frescos pescados,
Largaram os pés sobre a mesa,
Duvidaram dos velhos guardados.
No orvalho da seca, choraram.
No calor ressequido velaram,
Olharam por si e para si,
Deixaram à sorte e ao acaso.
Os rabiscos viraram rotina,
E as vozes aqueceram os quartos,
Tão grande que era a lista,
Listaram até o inesperado.
E assim foi riscando o verso,
E comprando pequenos quebrados,
Se encharcando de um doce veneno
Embebido em vinagre estragado,
Redigindo palavras tão soltas,
Recebendo aplausos esperados,
E que se despediu do aguado
Para se dispor aos acasos.
Reconhecendo suas lutas extensas,
E tomando de sua própria verdade,
Vendendo suas próprias conquistas,
Lembrando a visão dos passados.