COMEÇO NO FIM

Lembro dos jardins que plantei, do perfume das flores

Lembro das estampas de felicidade, a brilhar na luz das estrelas

Dos castelos, onde moravam todos os frutos de nossos sabores

De uma paixão que eu julgava amor, e já nem suponho onde esteja!

Hoje contemplo onde estava o jardim e tudo que vejo é erosão

Na imensidão da noite escura, nada mais me dizem as estrelas

Os castelos ruíram, e sob seus escombros, pede socorro meu coração

Queria provar novos frutos, esperanças servidas em bandejas!

Mas o que difere o ontem do hoje é o novo amanhã

Em cada janela que se abre, um novo sol invade o quarto

Ele traz o aroma de outras flores, um jardim sem cores vãs

Um castelo indestrutível, não mais paixão, amor de fato!

É por isso que a noite não é eterna, é por isso que o dia virá

Nem rios de pranto, impedem a primavera de uma nova alegria

Pois a página que se vira, anuncia uma nova história que se lerá

A história de um verdadeiro amor, que a todo passado enterraria!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 27/12/2007
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T793550
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