à mesa

Eu não tenho motivo nenhum para amar

a humanidade. Mas, mesmo assim, eu a amo.

Mesmo assim, rio e choro por ela com pesar

e, para ela, dedico os versos deste canto;

para dizer que também faço parte dela

e que a perdôo, pois moramos na mesma casa

e participamos da mesma mesa, em graça.

E da vida, dizemos, hesitantes, que é bela.

Mas é bela? Eis a pergunta fundamental

que deve ser respondida pelas crianças

nos campos de guerra pela vida essencial.

Tal pergunta que nos estremece e convida

a sair do nosso conforto injusto e pensar:

É bela? Pois sendo bela ou não, é querida.

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