Nas sombras

Nas sombras do crepúsculo, mãos dançam o adeus,

Pássaros silenciosos, o destino em seus olhares.

Despedida sutil, como pétalas ao vento,

O adeus ecoa, um lamento no firmamento.

Cada toque, uma memória entrelaçada,

No crepitar do tempo, a despedida é traçada.

As mãos, como aves, desprendem-se do ninho,

Céu se despedaça, ressoa o derradeiro pinho.

Em cada dedo, segredos e juras silentes,

Como poemas perdidos em mares distantes.

Voam os pássaros da despedida, alados,

No teatro da vida, enredos desdobrados.

A tristeza dança no crepúsculo sombrio,

Adeus, um verso trágico, ecoando vazio.

Na despedida, as mãos se tornam asas frágeis,

A jornada termina, como histórias instáveis.

E no ocaso da despedida, um suspiro final,

Pássaros que voam, deixando um rastro de umbral.

Diego Schmidt Concado

Diego S Concado
Enviado por Diego S Concado em 15/11/2023
Código do texto: T7932224
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