Nas sombras
Nas sombras do crepúsculo, mãos dançam o adeus,
Pássaros silenciosos, o destino em seus olhares.
Despedida sutil, como pétalas ao vento,
O adeus ecoa, um lamento no firmamento.
Cada toque, uma memória entrelaçada,
No crepitar do tempo, a despedida é traçada.
As mãos, como aves, desprendem-se do ninho,
Céu se despedaça, ressoa o derradeiro pinho.
Em cada dedo, segredos e juras silentes,
Como poemas perdidos em mares distantes.
Voam os pássaros da despedida, alados,
No teatro da vida, enredos desdobrados.
A tristeza dança no crepúsculo sombrio,
Adeus, um verso trágico, ecoando vazio.
Na despedida, as mãos se tornam asas frágeis,
A jornada termina, como histórias instáveis.
E no ocaso da despedida, um suspiro final,
Pássaros que voam, deixando um rastro de umbral.
Diego Schmidt Concado