ACONCHEGO
Quisera poder estar no meu habitar
Para acalentar minhas lágrimas,
Embalar-me nos teu braços
Ser feliz por algumas horas.
Conhecer o passar das estações
Não chorar nem em pensamento
Sorrir, o riso que vem aos lábios
Ser feliz por alguns momentos.
Meu sangue serve de estrada,
E rir no fundo do meu coração
Da caminhada ao sol poente,
Da chuva de inverno incandescente
Em pleno dias de verão.
Se o sol é morto ao entardecer
Sublime a tua cantante alegria,
Iluminai esta escuridão,
Podendo ser por poucos dias...
Passarei como a correnteza do rio,
Guiada pela sua sabedoria,
Medo de cair no mar da vida,
Sem Ter Deus como companhia.
Ai, se eu voltasse para dentro dos anos,
Seguindo o vento do leste
veria meu rosto invisível
seria feliz por alguns dias.
Minha sede cresce das águas,
Sou um calhau, não sou nada,
Apenas caminho nesta estrada
A procura de alegrias.