BATIZAS A VIDA

Os céus choravam copiosamente

Gotículas suaves num dia azul-água

E o sol se escondeu, apenas se foi!

Vá vento, vá embora, o quanto antes

Fuja enquanto não se perde na poeira

Enquanto o amanhecer não engole

Quando o dia anterior já deixou de existir

Por ter morrido em chamas ardentes

Era a encruzilhada da deformidade

Conceber alento e chão em banho

Alerta de cachoeira selvagem, véu aquático

Batismo de rompimentos biodiversos

Aquelas lamúrias eram farpas poéticas

A ponto de perfurar o coração dos seres

Que habitavam a floresta debaixo das nuvens

E se sentiam batizados pelo Deus desconhecido

Chores enquanto não sobrar mentiras

Cheias em seu catálogo de amores vadios

E sejas feliz enquanto contempla cada gota

Entre águas mágicas que brotam ininterruptas.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 02/11/2023
Reeditado em 02/11/2023
Código do texto: T7923032
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