O PRENÚNCIO
A tristeza na ilha vulcânica
É coisa que ficou no passado.
O presente é algo aqui presente
E o futuro é algo ainda melhor
Que o nosso presente.
Fazer versos é sinônimo
Da mais pura expressão de amor ao próximo.
É lavar a alma na alvura
Das águas cristalinas do Rio Sepotuba,
Ou subir na Pedra Solteira,
E observar a paisagem verdejante.
A face múltipla emoldurada ao som da cachoeira
É como colher frutos maduros
Da pura fascinação fantástica fascinante
No interflúvio de águas rasantes
Que perfazem uma longa caminhada.
A ventania tomou outros rumos e direções.
Os latidos de cachorros famintos
Se misturam ao bate-estaca
Da meninada de hoje em dia,
E passar as mãos na cabeça
É coisa que não resolve nada,
Além de seus simples movimentos em vão.
Felizmente a poesia existe
E a tudo e a todos ela resiste
Trazendo uma nova conotação
Capaz de sacudir o mundo
Emoldurando-o de um amor profundo
Prenunciando um belo amor em canção.
Tangará da Serra - MT, 2001.