O PRENÚNCIO

A tristeza na ilha vulcânica

É coisa que ficou no passado.

O presente é algo aqui presente

E o futuro é algo ainda melhor

Que o nosso presente.

Fazer versos é sinônimo

Da mais pura expressão de amor ao próximo.

É lavar a alma na alvura

Das águas cristalinas do Rio Sepotuba,

Ou subir na Pedra Solteira,

E observar a paisagem verdejante.

A face múltipla emoldurada ao som da cachoeira

É como colher frutos maduros

Da pura fascinação fantástica fascinante

No interflúvio de águas rasantes

Que perfazem uma longa caminhada.

A ventania tomou outros rumos e direções.

Os latidos de cachorros famintos

Se misturam ao bate-estaca

Da meninada de hoje em dia,

E passar as mãos na cabeça

É coisa que não resolve nada,

Além de seus simples movimentos em vão.

Felizmente a poesia existe

E a tudo e a todos ela resiste

Trazendo uma nova conotação

Capaz de sacudir o mundo

Emoldurando-o de um amor profundo

Prenunciando um belo amor em canção.

Tangará da Serra - MT, 2001.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 20/10/2023
Código do texto: T7913099
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