FUGA DE SI
Fugacidade do que julga saudade
Á espreita da tua ceifa
Colhe e encolhe as palavras tão escassas
São as bolhas e bulhas que se formam rasas
Aja teu significado
Sombra do que deixaram achado
Eis a melodia do teu dia
Vibra forte o brado
E nesse horizonte
Cada brisa esperneia em monte :
Ohhhh Deus, sapiência
Ao pedir paciência
É a grata lição
Do que resta ao coração
Uma espícula da bondade
Em cansada idade
São as notas desse escarcéu
Deslizam em deleite fel
Bagunça em arrebatamento
Escancara o momento
Mas é a tal esperança
Tão emaranhada como uma trança
É o que se perde e pede nesse horizonte
Incansável fonte
inspira e respira
Longe da mentira
Felicidade demais
Não foge mais
São nas brincadeiras
Leves besteiras
Onde me encontro
Cada limiar destes versos
São universos
Caprichos, buchichos
Onde pouso cada mais nesses nichos