Quantos passados se chocam
no subterrâneo dessa viva ampulheta
que nos marca os passos?
Os passados se chocam
ou se harmonizam em laços?
Somos tudo isto: os grãos
que caem e os grãos
que ainda são imprevisíveis futuros.
Mediante quedas e passagens,
a gente precisa é de fazer as pazes
com o mundo,
para prosseguirmos acreditando
no que ainda está por vir.