ARAUTO DOS PESADELOS
Calado gritei sem querer vi o corpo tremer ecoando dentro de mim
na estrada fui atemporal do bem e do mal valsando abismos do fim
gaivota sem asas que voa revolta pousa e revoa num voo sem voar
oceano criança do vento onda e sal a contento no espaço sem chão
quebrei elos também fui paralelo de tudo que eu ainda não entendi
noite ligeira fogo nos olhos peneira tapando o sol a pino do meio dia
conheci pegadas no chão sabendo da contramão atalhei para chegar
escrevi sinal de fumaça nuvens bocas da graça sorrindo do nada a toa
luto com leões corro de medo dos dragões desejando a paz encontrar