Nada de novo
Vi em seus olhos as dores do mundo, as aflições que machucam a alma. Não há nada de novo, apenas um delírio vago e perdido. Ao chegar perto, senti um vazio porque os sentimentos se entrelaçaram. Segurei-lhe a mão, disse-lhe coisas à toa; nada, porém, fazia-lhe acordar. Se pudesse, todas as suas dores as tomariam para mim. Encosto-me em seu ombro, ali, talvez, hei de encontrar as respostas. Nada. Apenas o silêncio e o frio de um corpo já perdido nos meio da solidão e das angústias que a vida lhe causou.