Canção da chuva

Após dias de turbulência,

Finalmente, o raio solar.

Treino de paciência,

A paz, momento ímpar.

Não sei se é o destino,

Histórico desatino.

Impondo o aprendizado,

Discernimento forçado.

A luz transcende o irreal,

Vai além do sobrenatural.

Subjugando-nos a dor,

Jeito cruel de se impor.

No fundo, modo secreto,

Ativando a resiliência.

No último momento,

O botão da sobrevivência.

Para esquecer o desperdício,

Encaixam-se as peças.

Veementemente sacrifício,

Martelando na cabeça.

Conquista do paraíso,

Obtendo o igual valor.

Transfiguração do amor,

Olhar da criança, sorriso.

Transmutando as energias,

Em constante alquimia.

Invade a imaginação,

Cai o véu, desfaz a ilusão.

Refaz-se em luz, equilíbrio,

Dissipa-se a dualidade.

Imperando o viver, felicidade,

A lucidez em tom ébrio.

Observando outro prisma,

Infinita espiritualidade.

Novo ângulo, singularidade,

Várias dimensões, a chama.

A Natureza tem o seu papel,

O refrigério cai como luva.

Presente – Direto do céu,

Indissolúvel, dança da chuva.

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Blog Poesia Translucida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 01/10/2023
Código do texto: T7898529
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