À Vezes

Ás vezes glorio-me do meu tempo!

Deste estar e não-estar cheio de noite

e de mistério ...

Glorio-me das horas dos meus versos,

'inda que, às vezes, me torturem e

desenganem!

Glorio-me das horas tristes com sabor

a madrugada, cheias de silêncio e de

Vazio ...

E digo-o consciente!

Digo-o de pés firmes no chão!

Benditos sejam os versos que me habitam!

Ricardo Maria Louro
Enviado por Ricardo Maria Louro em 05/09/2023
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