Vai, Vai Ser Feliz

Aqui de joelhos plantados ao chão

Desolado, eu não vejo saída.

Tenho os pensamentos em confusão,

E a razão antes companheira, de mim, jaz esvaída.

Sem nexo eu faço uma prece,

Mas a falta da fé me desalinha o semblante.

Meu olhar turvo, entristece

E as lagrimas caem, oscilantes.

Me perdi de mim, de você

Estou em um caminho sem volta.

Sei do que fiz por merecer!

Estou apático, não há revolta.

Me entreguei a inanição.

Já não consigo conceber,

Que me foi tardia a lição.

Como pude não perceber?

Eu era o sol da tua vida

Eu era o brilho do teu olhar.

Eu com minha vida perdida,

Fiz nosso amor suplantar.

Me faltou maturidade.

Me despojei da empatia.

Me faltou reciprocidade.

Eu lhe causei apatia.

Chegou em um ponto sem volta,

Tu estavas a sofrer.

Já disse, não há revolta,

Pois eu fiz por merecer.

Da minha vida, saiu calada

Não houve aperto de mãos.

Se pôs a seguir tua estrada,

Deixando para trás a escuridão.

Vai... segue o teu caminho.

Para ti só me resta essa prece:

_Que se refaça dos desalinhos,

Pois sei que você merece.

O errado aqui sou eu.

Sou eu o “X” da questão!

Só agora me dou conta do que sofreu,

Por eu magoar seu coração.

_Que tu encontres alegria,

Que o amor em ti faça morada.

_Que tu encontres parceria,

Que sua vida seja revigorada.

Eu te amo, mas...

_Segue e não olhe para trás

Tenho consciência do que te fiz.

Sei que coisas dessas não se faz...

Vai... vai ser feliz.