Atitude

Quantas vezes trocamos as vestes do corpo

Na sensibilidade do momento

No toque de cada tempo

Vestindo-se com a roupa d'alma

Dando aquela acalmada no interior

Colorindo a paisagem

Desafogando o coração

Das mazelas que correm soltas

Involuntárias...

No arrebito do enfado contratempo

Sinta a luminosidade te guiar

Na esperteza do vento

Fazendo varredura pelo caminho

Aspire o néctar da manhã

Se delicie com o sabor da maçã

A molhar o céu da boca

No degustar de um novo renascer

Dando voltas de contentamento

No cativo redemoinho

Que vai soprando o vento

Amadurecendo o tino

No compasso das passadas

Que se firma na terra

Soprando as folhas caídas

Sem ficar a espera da passagem do vento