Advir
Advir....
O tarde se fez cedo para deixar escorrer pelos poder
O tempo que roubava a ânsia do viver
Das noites e horas não contadas e guardadas até o alvorecer
Quantas estrelas nasceram e morreram para não deixar fenecer.
As madrugadas silenciosas e frias que faziam companhia
Junto a esperança do novo dia que ia nascer
Que traria de novo o ruído das ruas
O mundo a agitar-se com toda a sua monotonia.
Não existe entusiasmo no sorriso do velho que vende castanhas na esquina
A lenha crepitando para assa-las, o vento a querer cortar-lhe o rosto
Marcado pelo mesmo desgosto de memórias voando ao vento
De tempos em que se parava com ensejo para aprecia-las....
Já não há mais temporal
Os idealismo perderam-se nas ruas e avenidas da vida
As pessoas abandonaram seus devaneios
Esqueceram-se do mais importante.
Saber apreciar as pequenas coisas da existência
Comer castanhas assadas e olhar para o céu
Sonhar com o brilho nocturno das estrelas
E lembrar-se que um novo dia advir.