NUNCA ESTOU PRONTO
A esperança de ser visitado
pela poesia está sempre
em meu pobre coração.
Leio as palavras alheias
e as acho belas, imito-as
às vezes ao escrever.
Mas faço meus versos
e vejo deficiências
poéticas. Não sei como
chamo isso. Talvez a
insegurança no traçar
o que chamo minha
poesia. Eu que não
esgotei minhas leituras
e penso: Preciso ler muito
mais. Por outro lado eu
ainda não esgotei
minhas leituras. E
minhas pupilas
vêem-se famintas
de poesia. Vou ali
ver um livro na
estante. E ler com
toda atenção e cada
vez que eu tornar
a escrever eu vou
conferir se melhorei.