ABRIGO
Recordo pensamentos...
Revivo um passado
Almejando um futuro.
Doces lembranças
Invadem minha mente.
É noite...
O segredo renasce
Como um sonho.
A vida que suponho
Ser passageira
Aos poucos se renova
E me faz mais forte.
Uma simples emoção...
Rotina e sensação de torpor
Que teima em brincar
Com meu espírito.
Tento ser eu mesmo...
Como noite que rasga
O silêncio.
Sinto-me o mais sonhador
Dos homens.
Um ser que devora palavras...
Que se perde no tempo,
Às vezes confunde a
Própria sorte.
Sentimentos se traduzem,
Tudo se torna claro...
Feito o dia.
Imagino nesse momento
Um pedaço de terra que se expande,
Tendo o céu como abrigo,
As nuvens como artifício
E o silêncio como moradia.
Pirapora/MG, 13 de dezembro de 2007.