Colo gentil
A terra da orfandade é sombria e triste
Sem o abrigo de um colo aconchegante.
Onde, a bem da verdade, amor não existe
Só a dor da saudade é presença constante.
Nela mora um coraçãozinho magoado
Que em busca da luz para guiar sua vida
Procura em meio ao céu azul estrelado,
O calor desejado para curar sua ferida...
E eis que surge na Terra um anjo gentil,
De sorriso sereno e bondade no olhar
E lhe oferece o apoio de um colo sutil,
E mãos carinhosas para lhe acalentar.
Esse anjo traz no seio o abraço amigo,
Que acolhe, ampara e orienta sua alma.
Oferecendo-lhe carinho, paz e abrigo,
O ombro que lhe apoia, cura e acalma.
Assim, ela encontra no amor o consolo,
Toda força e coragem para sobreviver.
Aprende ressignificar o sentido de colo,
E faz dele um lar perfeito para crescer.
De menina a mulher, segue em frente,
Espalhando amor e carinho sem igual.
Pois sabe que em si carrega a semente,
Da qual florescerá um ser especial...
Adriribeiro/@adri.poesias