Abençoada paz

Abençoada paz...

Tarde da noite

ela desceu as escadas

lentamente...

O silêncio permanecia,

no escuro a casa

dormia...

Um fio de luz

do poste entrava pelas

cortinas da janela lateral...

O coração estava

um pouco apreensivo,

cabeça de leve

latejava uma dor...

No último degrau parou,

ruídos vinha do jardim,

parecia tintilar de pedrinhas do

mensageiro do vento pendurado

na soleira da porta...

Seguiu ainda com passos

lentos para a porta da cozinha,

pela vidraça viu a leve chuva

que caia...

O vento parecia brincar nas

folhagens, fazendo acenar

um adeus de saudade...

Bule no fogão, fez um chá...

bebericando de leve, sentia o doce

cheirinho de canela...

Ficou ali, sentindo o

corpo aquecer, observando

O dia chegar...

Nuvens rosadas se abrindo

como matizes para os

primeiros raios chegarem...

Ficou ali, adocicado

a alma numa abençoada

paz da sua casa...

Assim tudo que

afligia foi se dissipando,

trazendo frescor, leveza...

Amor!

Sibila Luna

30.05.23

Silene Menezes
Enviado por Silene Menezes em 06/06/2023
Reeditado em 07/06/2023
Código do texto: T7807278
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