Florescer
Por jardins de lavanda hei de correr livre
Tocada pelo eflúvio das flores de lá
Onde eu possa carregar tão só o que me cabe
Pegando carona no vento
Como fazem as folhas de outono
Para onde eu não sei
Mas que por lá eu seja inteira
E que sem pressa eu me demore
Até que eu me ache, então
No sentir profundo de tudo
No pisar descalça no chão
Que eu possa ser nua
Dos pesos da alma
Enquanto respiro o ar puro
Que exala da liberdade
De ser
O que quero
Porquanto quero, tão só
[Flores ser]