Carente nas não desesperado
Carente mas não desesperadi
Posso até estar carente
Mas não no desespero,
Sou livre, independente,
Mais um entre os viventes,
Nem o último nem o primeiro.
Sei que disso não morro,
Nem sequer fico doente,
Desta briga eu não corro,
Nem sequer peço socorro,
Meu coração é valente.
Tem tanto chinelo sem par,
Tanta fruta sem sua metade,
Só não vou me desesperar,
Deixo a vida me levar,
Pra onde? Ela quem sabe.
Até nem sou exigente,
Nem vou com sede ao pote,
Não precisa ser atraente,
Que seja independente,
Mas não que me adote.
Não preciso de rédeas,
Nem as ponho em ninguém,
Basta trocar idéias,
Ter uma vida séria,
O resto com o tempo vem.
Ladislau Floriano