Alma, descansa

Tem horas que a gente para,

O tempo adormece,

A dor não sara,

É visto as claras,

Que o mundo nos esquece.

A alma se revira,

O coração se atribula,

A mente não quer que reviva,

Passagens de nossa vida,

Que foram tão duras.

O silêncio se cala,

A dor nos sorri,

A solidão nos embala,

Lágrimas descem á vala,

Sem que se possa impedir.

Noites e dias se cruzam,

Passado e presente se distanciam,

Olhares se que acusam,

Lábios que sussurram,

Poemas vazios.

Luzes que ao longe se acendem,

Trazendo nos novo brilho,

Poeiras que se assentem,

Tempestades que se acalentem,

Sobreviver é preciso.

Enquanto houver fôlego ainda,

Haverá esperanças,

A jornada não se finda,

A paz é bem vinda

Alma no peito em Deus descansa.

Ladislau Floriano.

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