ver mais longe
Quando o ponto de chagada converge com o da partida,
E tudo retorna ao começo numa melancólica e fútil despedida,
Ocorre então o movimento cíclico infinito,
Assemelha-se a dança mitológica fatídica de Shiva, como um relance fortuito.
Somos aprisionados num mundo fatal,
Pobres condenados a repetir sempre o mesmo,
Igualmente viver uma vida banal,
Mísera na sua plenitude e entregue ao esmo.
Nas dobraduras silenciosas da mente humana,
Está o pensamento, o livre arbítrio que nos compõe,
A capacidade criativa ardente que pulsa insana,
E potencia nossa capacidade libertadora de transcender o que nos interpõe.