“RORAIMA - PULMÃO DO MUNDO”
Silêncio quebrado
Por estalidos de galhos
Sendo partidos de suas árvores
Que também se vêm tolhidas
De suas folhas e frutos.
Animais choram
E ninguém parece ouvir seus gemidos
Que ecoam tristes através da floresta
Que aos poucos desaparece
Consumida pelas chamas intermináveis.
Homens se escondem em seus problemas
Não evitam o desaparecimento
E o enfraquecimento do pulmão do mundo
Pois o poder parece lhes cegar os princípios.
Olhos voltados aos céus
Pedindo ajuda e
Implorando que águas intermináveis
Encharquem e enxaguem
Parece ser a única salvação
De algo que vai sendo consumido
Perante os olhos do mundo.
Quão pouca é a preocupação
dos que detém o poder
Para solucionar os problemas
E tentar vencer o triste fim
Daquela que faz pulsar o mundo
Dando-lhe vida própria e interminável.
JC BRIDON