um feixe de esperança?
Eu escrevo e não escrevo a tempos, afinal o tempo é algo altamente relativo e vai de cada ser ou espécie ou universo.
O tempo relativo me faz sofrer a meses, anos, décadas ou séculos. Maldito aquela primeira pessoa que partiu um coração. Da mesma forma que sofro, choro e penso em sumir todos os dias, eu desejo estar aqui.
O tempo é relativo e nele eu brinco com meus animais, salvo tantos outros, vejo os pássaros livres sobrevoando um azul que nunca ninguém conseguirá copiar.
As nuances de dor e felicidade, essa guerra, admito que a felicidade anda perdendo, mas em momentos em que estou moribunda de terra, baba e grama por estar junto a aqueles que veem minha bondade (sim, eu sei. é difícil ver bondade num monstro como eu, mas juro que existe) a felicidade ganha.
No momento em que faço esse desabafo, enquanto deveria estar focada em estudar, lágrimas escorrerem de meus olhos e a Selma acorda em segundos e vem sentar no meu colo, não sei se é medo ou apenas uma tentativa de tirar essa dor que me aflige a todo instante. me acalmo. ela continua sentada de prontidão caso o choro ressurja, a pegou no colo e sinto os pelos, o cheiro e sua lambida. Olho pela janela e vejo um feixe de luz entre as árvores e isso me deixa feliz. isso significa que ainda há esperanças.