A Volta da Esperança
No meu peito explode desejos de vingança.
Mágoas inesquecíveis de tempos árduos.
Onde proliferava a inexistência da razão e do amor.
E crescia e alimentavam o fim dos sonhos.
Tempos roxos, de racismos e crimes.
Da matar e maltratar sem motivo algum .
Onde beleza e riqueza rimavam absolutas.
O ser se dizia humano e fazia coisas desumanas.
Ria da miséria, do sofrimento e da morte.
E sórdidos miseráveis seres tolos prepotentes,
Sorriam e aplaudiam de pé.
Caminhando pelos mesmos caminhos de pedras pontiagudas,
Sangravam também os pés como todos.
Mas cegados pela metastarse da ignorância.
Não sentiam nem a própria dor.
A esperança viajou para terras distantes.
Em suas malas apenas saudades.
Do tempo em que se abraçavam nas ruas.
Desconhecidos, inimagináveis, neutros.
Mas, pasmem os feridos e cativos,
E os que alimentavam a insensatez.
A esperança pegou o trem das sete horas.
E entre brumas, chuvas e trovões.
Apesar das imperfeições dos trilhos.
Vem chegando para novamente,
Brincar em nosso quintal.