O Vendedor de Poesias
Sou vendedor de poesias
Vendedor de sonhos
Vendedor de tristezas
Vendo também alegrias
Nem sempre são minhas
As histórias do dia a dia
Empresto da vida alheia
Para fazer poesia
Sou os olhos de alguém
Que nunca viu o mar
E nas linhas que escrevo
Nele vive a navegar
Sou a brisa que afaga
A face rude de alguém
Que o sol vive a queimar
Até os sonhos que tem
Sou o dia, sou a noite
Sou o céu e as estrelas
Sou a luz que falta nos olhos
De quem não podem vê-las
Sou alguém na mão do tempo
Num universo infinito
Sou um grão, sou só poeira
Neste mundo tão bonito