Desacreditado
Um dia já riram da minha cara
Dizendo que eu era um fracassado!
Que eu não era bom em nada
E tudo que eu fazia era mal acabado!
Me humilharam com palavras
Levaram ao meu limite psicológico!
Era motivo só de risadas
Eu não vida nenhuma saída, é lógico!
Até que um dia leram uma poesia
Que eu ali havia acabado de escrever!
E duvidaram, não, ele não podia
Fazer assim algo tão lindo de se ler!
Mas aí então eu fui criando
Uma, duas, cinco, dez, mil poesias!
E o povo foi se entregando
Entendi aquilo como uma terapia
E aí então num sarau todo lotado
Eu comecei algo meu declamar!
E senti o público todo emocionado
Vi senhoras e senhores a chorar!
E no fim todos alí me aplaudindo
E pasmem, me aplaudindo, de pé!
Aí então eu percebi e sorrindo
Que era tudo uma obra da minha fé!