ESPERANÇA
Cambaleante, a jornada avança
Balanço, enjoo… mas não morro!
Porque não mato a esperança,
E à vivência fácil recorro?
Não feneço porque me alimento
Do imenso manjar divino
Vou amando contra o vento
Sustento simples, mas genuíno
Se não morro, sigo amando
É-me interdita a cobrança.
Perduro, sobrevivo no desmando…
Porque não mato a esperança?
Essa infame irracional
Me vai evitando a ruína.
Vai-me trazendo à vertical,
E meu rumo determina.
Não sei o caminho, perdi o norte,
Mas reconheço o meu transporte…
Coração prossegue e avança,
Bolino no casco da esperança,
Enfrento… navego a sorte,
Sim!... O amor torna-me forte!...