Mil motivos 

Trago junto a mim, todos os sonhos do mundo.

Sigo de mãos dadas com o amor, que conquistei.

Comigo guardo doces lembranças, um sentimento profundo.

Das pessoas que moram no meu coração.

Elas seguem ao meu lado de mãos dadas,

embora estejam distantes do meu olhar.

Carrego algumas dores, por vezes, alguns pesos a mais. Eles insistem em atrapalhar o meu andar.

Trago meus amigos bem perto, sempre próximos, eles me fazem muito bem.

Sentimentos ruins, esses a muito tempo deixei pra traz.

Na verdade, tirei a venda dos olhos, aí, eu passei a ver as belezas que a vida tem.

Não só a natureza exuberante, mas o som dos rios, a sinfonia dos pássaros no alto dos arvoredos.

Não só a beleza suave das flores, as paisagens brancas, cobertas pela neblina onde sopra o vento.

A beleza das pessoas. Não aquelas que tem faces bem delineadas, enfeitadas e sorridentes.

Mas as que tem beleza interior, pureza de alma, que nos seus olhos são evidentes.

Trago em mim os vislumbres de outrora, comparo-os com o que vejo hoje.

Tenho algumas venturas perdidas, anseios e desejos esquecidos de uma história cheia de emoção.

Tudo porque em um momento ou outro, tranquei meu

coração.

Construí alguns muros invisíveis, eles me afastaram das verdades que evitei ver e viver.

Tudo isso me deixou distante dos corações que um dia eu

poderia conhecer.

E junto a eles, muitos sonhos guardados.

Sonhos que um dia eu poderia tê-los realizados.

Mas por medo ou covardia, não sei, da felicidade fugi, me isolei!

Mas acredito que em tempo, acordei.

Hoje tenho mil motivos para este poema escrever.

Minha alma está leve, no coração tenho serenidade.

Ânsia de viver, seguir sempre em busca da felicidade.