ESPERANÇA ALADA
Sinto o meu coração vazio,
A ausência da Rosa a me torturar,
Fazendo difícil o meu caminhar
Por vales escuros e frios.
O destino sempre sendo meu algoz,
Privando-me do doce perfume da flor,
Fazendo-me existir em cinérea dor,
Vagando por caminhos atrozes.
A solidão a perturbar-me dia a dia,
Fazendo-me lutar contra sua presença fria.
Por isso, em versos, tento uma catarse.
Perco-me em devaneios nos lábios da amada,
Onde me revigora a esperança alada
E o sonho das pétalas da bela flor a abraçar-me.