O Compasso do Tempo
O dia marca o compasso e o tempo
Folhas, palavras e flores ao vento
Aromas circulam pelo ar em sons
Respostas incontidas da natureza
Mesmo que alguns não queiram, chegará
Convidando a todos pra dançar na luz
Neste mundo incessantemente louco
Que não prepara vidas que chegam
Divinais criaturas em desejos e cores
Seus olhos na inocência procuram
Acordar o espírito alegre das flores
Folhas que habitam o chão a ensaiar
A iniciação no poder de acreditar
Num mundo de confidencial raízes
Arautos sutis nos subterrâneos da terra
Abastecendo árvores de frutos e flores
E um poeta talvez algum dia, talvez
Preste atenção nestas vozes de sonhos
Que andam fazendo a aurora brilhar
Nas borboletas apressadas pelo ar
Bordadas de arco-íris pós chuva
E caminhará por entre as veredas
Que conservam verdades e sentimentos
Enrolados no perfume do despertar
Na rotação eterna dos bosques
Inaugurando alegremente novas flores
Pra lançar ao vento a semente da vida
E ouvir na mata a ária dos passarinhos