ESPERANÇA
Outros agostos, já os vi
Tão tristes,
O sol toldando
As nuvens do arrebol.
Mas não lamento!
Podem pisar flores,
Esmagá-las sem compaixão!
Cravar nos nossos peitos, espinhos.
Mas logo virá a primavera.
Outras flores nascerão enfim.
Embora estejamos neste
vendaval de agora,
que nos parece
intermitente temporal,
tenhamos esperança
que a tempestade
Sem mais tardar
Se dissipará tão de repente ,
E um novo sol há de brilhar
Pra gente!
O tempo cruza
Com as estações do ano.
Depois do outono,
As noites frias de inverno.
Em 21 de dezembro ,
Virão os dias de sol,
E a longas noites de Verão.
Ao findar de mais uma passagem
Do tempo,
As flores vicejarão tão lindas,
Na esperança de dias melhores!