1 Coríntios 15:26 me motiva
Era uma noite nublada,
Ou já estava chovendo,
O dia que o corvo não viu nada,
Mas já estava acontecendo.
O cheiro de morte pairava,
Enquanto pairava a morte com seu perfume,
Voava naquela noite clara,
Claramente nos tiraria algo.
Talvez fosse o agir do destino,
Porventura estava sedenta,
Ninguém ouviu o sino,
Daquela badalada sangrenta.
Me pergunto qual forma assumiu,
O homem alto, a colecionadora ou o arauto,
Quem assumiu aquele palco,
Feição mascarada, sorriso sádico.
As motivações,
Foram divinas ações,
Diabólicas deduções,
Mundanas feições.
Oramos a um Deus,
Que aquele dia não existia,
Protegeu aos seus,
E os seus, pensamos que nos incluiria.
Qual mão usou sob aqueles seres,
Que os sufocou, as suas ou as deles,
A chuva representava teu choro,
Qual o sentimento deste coro.
Silenciou o Leão Ensanguentado,
Enquanto a Serpente Colorida sentia a primeira dor,
O único desprazer, naquele violento dessabor,
Os olhos frios, alma quente,
Filhos tomados por um ato estridente.
Naquele dia, poderia ter evitado?
É a única pergunta que faço,
Pois me destrói dia a pós dia,
Suplico pela resposta sadia.
Vívidas as injustiças aparentes,
Não paramos de pensar,
Poderíamos evitar,
Poderia o Corvo lutar.
Mas, em algum momento pensamos,
Evitamos e pecamos,
Contra nós e o Senhor,
Tratamos todos com amor.
Seguimos fiéis, filhos do destino,
Comigo sendo o último do hino,
Que morreremos para um inimigo vencer,
A morte, terá que morrer.
1 Coríntios 15:26 nos traz paz,
Sabemos que fará mais,
Nunca compaixão irrestrita,
Vencerá a colecionadora maldita.
1 Coríntios 15:26 nos traz paz,
Por pessoas que não voltam mais,
Esperando desesperados,
Pelo reencontro de amados.
1 Coríntios 15:26 nos traz esperança,
Para uma última dança,
Dança tocada por nós,
A trupe de vários nós.
1 Coríntios 15:26 nos traz calma,
Pela chuva fria na mortalha,
Pois não esfria a fornalha,
A fornalha de corações trincados.
1 Coríntios 15:26 nos traz perdão,
Deus não fez em vão,
Segura todo coração,
Que bate ou deixou de bater.