Chapéu sem aba
Nasce um eclipse num laço em elipse
Desce até os primórdios do mundo
Fundo de um obscuro bastardo
Fardo de feno enlaçado num ápice
Veste enterrada em etéreo tormento
Vento errante em vibratos vibrantes
Sinta a tormenta dos depois e dos antes
Haja sem medo, seja desejo ou fomento
Finja se o vento bater em sua cara
Nesse momento sua dor nunca acaba
Fim de milênio - início de era
Era pra ser sintonia e rara
Nosso presente: o chapéu sem a aba
Fez de mim fim, que se foi e se era