AO MEU DEUS NEGRO
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Meu elo foi-se com outro, pois a atraia fisicamente, intelectualmente, financeiramente, heroicamente e com tantos outros mentes que de uma ou outra forma adverbiassem os maiúsculos adjetivos que estavam a qualificar o contendor...
A capacitância histriônica agiganta o fortuito usurpador
Urbano, moderno gladiador...
Surrupiador do alheio amor.
Ela é culpada; também o sou!
Boca que explode num lancinante praguejar...
(Às expensas da claquete)
Fracote, marionete... Espécime muar!
Rotunda revolta sacramenta famigerada volta
Afinal, perdão de que?
De que te culpas se a ignomínia foi absolvida...
Iniqüidade, blasfêmia, vilipendio...Retórica!
Teu calor é o que me importa;
Querendo, administro tua vida.
Embora a raiva, nada é debalde!
Para amenizar o entrave, trouxe-me algo
Eventual, revolucionário; pus salvo
A despeito das sansões, aceitei;
Outra vez, creio, não prevaricarei!
Apenas uma afronta aos dengosos no púlpito de intocável sensibilidade
Profanada por ato de medonha agressividade:
Um Deus Negro que ora mete medo!
Forjei-lhe uma fortaleza, vide a grandeza
No absoluto tento decifrar suas feições, compreender o destoante de sua pele
A complacência de seu diferenciado olhar remete a uma paz salutar
Na superfície, diverge do busto da capela...
Lânguido, pálido, encaracolado, envolto em plumas...
Ei-lo, avatar livre das brumas!
Inexiste pena para o ato, porquanto não cheira nefasto
Liberto das profundezas duma sensibilidade apócrifa submirjo;
Firmando-me numa derradeira meditação num mantra secundário, erijo
Releitura do sudário!
Destemida ousadia, medonho sacrilégio?
Devo, talvez pague... Se fatal, não nego;
Dúvida, contrição, represália... Só consomem!
- Nova dimensão ao mistério que abate o homem.
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by jorge-arildo
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